quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Banquete de Lixo


por Raul Seixas

Às 3 horas da manhã na cidade tão estranha
Um palhaço teve a manha de um banquete apresentar
E era um latão de lixo transbordando em Nova Iorque catchup e caviar

E eu dormindo embriagado, um par de coxas do meu lado
E eu sem saber se devia ou não tocar
Se era estrangeira, mãe, esposa ou outra besteira
Que eu inventei de aprontar

"O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E eu aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar"

Fui levado na marra, pois enfermeiro quando agarra
É que nem ordem de prisão
A ambulância me esperava, e aí o que rolava, internamento einjeção

E lá em Serra Pelada, ouro no meio do nada
Dor de barriga desgraçada resolveu me atacar
O show estava começando e eu no escuro me apertando
E autografando sem parar

Muitas mulheres eu amei e com tantas me casei
Mas agora é Raul Seixas que Raul vai encarar
Nem todo bem que conquistei, nem todo mal que eu causei
Me dão direito de poder lhe ensinar

Meu amigo Marceleza já me disse com certeza
Não sou nenhuma ficção
E é assim torto de verdade com amor e com maldade
Um abraço e até outra vez


Essa é a letra da música/testamento de um brasileiro 'nato', um cara dakeles!!!
Homenagem a Raul Seixas, esse baiano faz falta!
Toca Raul!!!!!
Ouça a música

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